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A azul- numero de mulheres que sofrem mutilação genital
A branco- número de mulheres que não sofre mutilação genital
Há tempos atrás tinha postado sobre as mutilações genitais que continuam a ocorrer em África (no caso era na Somália) e vou repor a bandeira deste país, neste caso representando a África e para acompanhar esta noticia que vem hoje no Correio da Manhã.
Chama-se Ramatulay e ainda não tem três anos. Gosta das bonecas e dos primos, mas, em vez de a deixarem brincar, preparam-se para extrair-lhe o clítoris com um instrumento cortante, num ritual sinistro, praticado por milhares, principalmente em África, chamado excisão.
Ramatulay vive em Braima-Sori, Gabu, na Guiné-Bissau.
O pai, Amadu Djau, é imigrante em Portugal, a residir em Tavira, e não suporta que a filha seja mutilada. Tudo tem feito para trazê-la para perto dele.
Em vão: sempre que vai à delegação regional do Algarve do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pedem-lhe mais um documento.
Não obstante a repulsa pública que a prática da mutilação genital feminina causa em Portugal, nem o SEF, na dependência do Ministério da Administração Interna, nem o Ministério dos Negócios Estrangeiros mostraram, ontem, disposição para intervir rapidamente em favor de Ramatulay.
A cerimónia de excisão da menina e da prima, Cadi, devia ter-se realizado ontem. Não aconteceu porque a família estava ocupada a celebrar um casamento. tio de Ramatulay, Bubacar Djau, em Braima-Sori, disse temer que a mutilação ocorra em qualquer dia desta semana.
Em Tavira, Amadu desespera. Tenta, há dois anos, trazer Ramatulay e um outro filho para Portugal, direito consagrado por lei. O principal obstáculo parece ser provar que tem meios de garantir a subsistência das crianças. O guineense – de 29 anos, há 12 no País – trabalha como montador de alumínios e aufere um salário de 500 euros.
Reside em casa de Marianne Karres, cidadã alemã que o tem ajudado na demanda. Marianne dispôs-se mesmo a ir buscar Ramatulay – Amadu não pode fazer a viagem pois não tem dias de férias.
Com a criança está a mãe, excisada e que, “mesmo não concordando, não pode fazer nada por Ramatulay”, lamenta Amadu, referindo-se às condições em que o ritual é realizado, por uma ou várias anciãs ou mulheres designadas para o efeito, no mato, longe do olhar de estranhos.
A urgência não acelerou o processo burocrático em Portugal e, na Guiné, a ameaça à integridade física de Ramatulay e da prima era oficialmente desconhecida até ontem, quando o CM questionou o governo guineense e lançou o alerta. Durante a noite, a Rádio Pindjiguiti noticiou a tentativa de excisão, mobilizando a Sina-Mira na Siqué, Organização Não Governamental que luta contras as práticas nefasta, entre as quais a excisão.
Há tempos atrás tinha postado sobre as mutilações genitais que continuam a ocorrer em África (no caso era na Somália) e vou repor a bandeira deste país, neste caso representando a África e para acompanhar esta noticia que vem hoje no Correio da Manhã.
Chama-se Ramatulay e ainda não tem três anos. Gosta das bonecas e dos primos, mas, em vez de a deixarem brincar, preparam-se para extrair-lhe o clítoris com um instrumento cortante, num ritual sinistro, praticado por milhares, principalmente em África, chamado excisão.
Ramatulay vive em Braima-Sori, Gabu, na Guiné-Bissau.
O pai, Amadu Djau, é imigrante em Portugal, a residir em Tavira, e não suporta que a filha seja mutilada. Tudo tem feito para trazê-la para perto dele.
Em vão: sempre que vai à delegação regional do Algarve do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pedem-lhe mais um documento.
Não obstante a repulsa pública que a prática da mutilação genital feminina causa em Portugal, nem o SEF, na dependência do Ministério da Administração Interna, nem o Ministério dos Negócios Estrangeiros mostraram, ontem, disposição para intervir rapidamente em favor de Ramatulay.
A cerimónia de excisão da menina e da prima, Cadi, devia ter-se realizado ontem. Não aconteceu porque a família estava ocupada a celebrar um casamento. tio de Ramatulay, Bubacar Djau, em Braima-Sori, disse temer que a mutilação ocorra em qualquer dia desta semana.
Em Tavira, Amadu desespera. Tenta, há dois anos, trazer Ramatulay e um outro filho para Portugal, direito consagrado por lei. O principal obstáculo parece ser provar que tem meios de garantir a subsistência das crianças. O guineense – de 29 anos, há 12 no País – trabalha como montador de alumínios e aufere um salário de 500 euros.
Reside em casa de Marianne Karres, cidadã alemã que o tem ajudado na demanda. Marianne dispôs-se mesmo a ir buscar Ramatulay – Amadu não pode fazer a viagem pois não tem dias de férias.
Com a criança está a mãe, excisada e que, “mesmo não concordando, não pode fazer nada por Ramatulay”, lamenta Amadu, referindo-se às condições em que o ritual é realizado, por uma ou várias anciãs ou mulheres designadas para o efeito, no mato, longe do olhar de estranhos.
A urgência não acelerou o processo burocrático em Portugal e, na Guiné, a ameaça à integridade física de Ramatulay e da prima era oficialmente desconhecida até ontem, quando o CM questionou o governo guineense e lançou o alerta. Durante a noite, a Rádio Pindjiguiti noticiou a tentativa de excisão, mobilizando a Sina-Mira na Siqué, Organização Não Governamental que luta contras as práticas nefasta, entre as quais a excisão.
2 Comments:
brrrrrrrrrrr que até arrepia, é inacreditável como costumes bárbaros como esse ainda persistam hoje em dia.
Wonderful and informative web site. I used information from that site its great. » »
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